quarta-feira, 28 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
Primeiros dias da Primavera.
Chopim-do-brejo, (Pseudoleistes guirahuro) |
Jacu levantando voo. |
Andorinha-rabo-de-tesoura. |
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Nosso curta-metragem está pronto!
Conseguimos finalizar nosso curta e inscrevê-lo no 6º Festival de Cinema e Meio Ambiente de Guararema, com o nome Moçambique: Natureza, Fé e Alegria, o filme mostra como as tradições se renovam na união da comunidade que mantêm uma relação harmônica com a natureza, cheia de alegria e fé!
Com começo no dia 12/10 e final no dia 16/10,recheado de produções de qualidade, vamos divulgar a programação em breve.
Para saber mais: http://kmilleproducoes.com.br/festivaldecinema/
E por estarmos flando de uma comunidade conservacionista, vamos falar um pouco sobre isso?
Preservação e
Conservação da Natureza!
Há diferença?
Por Ana Celina Tiburcio*
Especial
para o http://www.guaranature.blogspot.com/
Em simples palavras
podemos dizer que a conservação inclui o homem na natureza e a preservação
exclui o homem da natureza. Assim, os preservacionistas protegem
independentemente do interesse humano, e os conservacionistas visam um uso ou
algum outro motivo para tal. Vejamos
alguns conceitos já estudados e publicados.
Podemos entender que conservar
é administrar os recursos naturais de forma racional para que possamos utilizar
seus benefícios para as atuais e futuras gerações, enquanto a preservação visa assegurar
a proteção integral dos recursos naturais, garantindo a intocabilidade. Nas
áreas consideradas de preservação permanente é vetada qualquer forma de
exploração dos recursos naturais, excetuando-se a pesquisa, lazer e educação
ambiental.
Inclusive, podemos
considerar as APP, previstas na legislação ambiental do polêmico Código
Florestal, que são áreas de beira de rio e topos de morro que devem ser
preservadas pela sua importante função ecológica, que entre outras, evita
assoreamentos, enchentes e deslizamentos de morros como pudemos presenciar nos
últimos anos.
Conservacionismo e
preservacionismo vêm de correntes ideológicas que representam relacionamentos
diferentes do ser humano com a natureza. Segundo a pesquisadora do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Suzana Pádua, “conservação
pode ser entendida, então, quando se permite a intervenção humana, inclusive na
exploração de qualquer recurso natural: hídrico, mineral, solo, flora e fauna.”
Pádua,
afirma em texto que, ‘considerando os ecossistemas naturais, a preservação, em
termos práticos, é necessária quando há risco de perda de uma espécie, um
ecossistema ou de um bioma como um todo. Essas definições são de uso
consagrado, porém em termos jurídicos parece não haver uma distinção clara
entre os dois termos.’
A Constituição
Brasileira e o Código Florestal utilizam o termo preservação em distintas
situações, tratando desde intocabilidade, beleza cênica, patrimônios e também
para se referir a alguma forma de exploração dos
recursos naturais. Podemos observar que já o Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
conhecido como SNUC, Lei nº. 9.985/2000, que institui dois tipos de grupos; as
(i) Unidades de Proteção Integral; e as (ii) Unidades de Uso
Sustentável.
Deste modo, aquelas
de “proteção integral”, como diz o texto da lei, consideram a “manutenção dos
ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido
apenas o uso indireto dos seus atributos naturais”. Vetando assim, qualquer forma de exploração dos recursos naturais,
excetuando-se a pesquisa, lazer e educação ambiental.
Por sua
vez, as unidades de “uso sustentável”, de acordo com o texto da lei, significam
a “exploração
do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais
renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais
atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.”
Com o correr do
tempo, o preservacionismo tornou-se sinônimo de salvar espécies, áreas
naturais, ecossistemas e biomas. Tende a compreender a proteção da natureza,
independentemente do interesse utilitário e do valor econômico que possa
conter.
Já a visão
conservacionista permite o uso sustentável e assume um significado de salvar a
natureza para algum fim. A conservação admite a participação humana, em
harmonia e com intuito de proteção.
‘Um precursor do
pensamento ambientalista foi John Muir, para quem a natureza tinha valor
intrínseco. Mesmo que em sua época ainda não houvesse distinção desses termos,
Muir hoje seria considerado um preservacionista, pois ficou conhecido pelo seu
deslumbramento pela natureza em geral, e compartilhou suas emoções em vários
textos e livros que se tornaram marcos do movimento ecológico que se formaria
mais tarde.’ (O Eco – texto de Suzana Pádua)
Assim, de vários
pensamentos precursores dos ambientalistas, surgiram a ecologia profunda; a
nova ética ambiental e, também, a visão holística, que diz que a visão do
conservacionismo não pode ser limitada, sob ótica somente da espécie humana e
sim, a conservação depende da compreensão de aspectos mais profundos, como a
abrangência para inclusão de todos os seres e suas inter-relações e não apenas
a visão humana; que a autonomia local e a descentralização das decisões podem
ser chave no processo de inclusão social e valorização da natureza, entre
outros aspectos.
Por fim, há consenso que “o maior desafio
atual é conciliar a produtividade, lucratividade e a conservação do meio ambiente.”
Fonte:
*Ana
Celina Tiburcio, da RPComunicaçãoGAIA,
é Relações Públicas especializada em Meio Ambiente e Educadora Ambiental
domingo, 18 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
Registros da Guaranature no desfile cívico de Guararema...
domingo, 11 de setembro de 2011
Onças em risco, o meio ambiente em risco!
Suçuarana (Puma concolor capricornensis). Ilustração de Cris Eich. |
Pegadas moldadas próximo a um novo condomínio em Guararema, destacados em amarelo uma pegada de felino e outra de veado-catingueiro. |
Muitas pessoas nos tem procurado para perguntar sobre os condomínios que estão sendo construídos em Guararema e região, que atitudes podemos tomar para impedir que manchas de Mata Atlântica sejam derrubadas, com alto impacto negativo para o meio ambiente em um movimento que vai na contra-mão da recuperação dos corredores ecológicos.
Acreditamos que a forma mais eficiente para uma ação de proteção é mostrar dados e fatos que justifiquem
um maior cuidado no licenciamento destes e outros empreendimentos, iluminar a sociedade com a luz da ciência, e esta em posse dos fatos decidir que futuro teremos.
Fomos em busca dos sinais e das pegadas de animais que estão sendo avistados em um novo empreendimento, as achamos, moldamos em gesso e procuramos profissionais para orientação.
Vemos na amostra uma clara prova da presença de mamíferos como um veado-catingueiro e mais de uma pegada de felino, provavelmente da onça suçuarana que afirmam ter visto no local.
Vamos ver o que um pesquisador, baseado em "Dissertação apresentada para obtenção do grau e título de mestre. Curso de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Área de Concentração e Conservação da Natureza, Universidade do Paraná", nos esclarece sobre o assunto:
"Sobre as suçuaranas (Puma concolor capricornensis, descrita para o sul-sudeste brasileiro), é bom que existam na região, sinto me feliz de saber de sua ocorrência na Mata Atlântica e corredor Serra do Mar.
Porem demostra a fragmentação do habitat e a ocupação de territórios pela especulação imobiliária.
Assim num raio de 100km2 seria possivel encontrar de 1 a 7 onças, e elas em sua menor area de vida utilizam 13km2 de territorio.
Em Ecologia as interações entre os predadores topo de cadeia, como no caso da suçuarana, com os organismos de outros níveis tróficos são descritas como "de cima para baixo" e"debaixo para cima".
As interações de cima para baixo expressa que a abundância,distribuição e diversidade de cada nível trófico são controladas por organismos do nível trófico imediatamente superior e de baixo para cima, que esses mesmos fatores são controlados por organismos do nível trófico imediatamente abaixo.
Porem demostra a fragmentação do habitat e a ocupação de territórios pela especulação imobiliária.
Assim num raio de 100km2 seria possivel encontrar de 1 a 7 onças, e elas em sua menor area de vida utilizam 13km2 de territorio.
Em Ecologia as interações entre os predadores topo de cadeia, como no caso da suçuarana, com os organismos de outros níveis tróficos são descritas como "de cima para baixo" e"debaixo para cima".
As interações de cima para baixo expressa que a abundância,distribuição e diversidade de cada nível trófico são controladas por organismos do nível trófico imediatamente superior e de baixo para cima, que esses mesmos fatores são controlados por organismos do nível trófico imediatamente abaixo.
Como exemplo de interação de cima para baixo o número de herbívoros estaria limitado pelo predadores,
enquanto que na interação de baixo para cima, o número de herbívoros seria limitado pelo alimento disponível.
A interação mais comumente observada na natureza é da tipo de baixo para cima, porém essas duas interações podem agir simultaneamente e parecem estar relacionadas com o ambiente.
Segundo MILLER & RABINOWITZ (in press), geralmente em savanas e áreas abertas são mais comuns as interações de baixo para cima e nas florestas, de cima para baixo.
Por serem predadores oportunistas, a onça pintada e a onça-parda utilizam-se de presas em relação à abundância das mesmas, atingindo organismos de vários níveis tróficos de um ecossistema. Essas presas geralmente se alimentam de plantas (folhas, frutos e sementes) e podem participar da dispersão de sementes.
A importancia da Onça para o ecossistema:
Na ausência desses predadores, a tendência é que populações de espécies herbívoras aumentem ao se
utilizarem de um maior número de frutos e sementes e poderão alterar a regeneração de uma floresta. Desta forma, as onças estariam afetando indiretamente a estrutura da comunidade de plantas (TERBORGH, 1988).
Precisaria-se das onças para a regulação de herbivoros, e manutençao do ambiente vegetal.
Ja que a area é uma mancha e vai virar um condominio, o correto seria proceder um resgate de fauna, nao só da suçuarana, ja que deve haver a supressao vegetal na area para a construção imobiliaria.
Dessa forma uma equipe de técnicos (biólogos e veterinários capacitados) deveria ser acionada para realizar o serviço, eu ja fiz algumas consultorias de fauna, mas nunca com onça, tem toda uma metodologia e equipamentos especificos, mas nada dificil.
O animal, a onça parda, seria entao translocado para uma regiao de mata mais preservada, com area de suporte necessário para sua manutenção. E com monitoramento de fauna, para adaptação e reabilitação do animal ao novo ambiente, por meio de metodologias, de armadilhas fotograficas- camera trap, e por se tratar 1 individduo, a telemetria com radio colar.Este é um estudo de pelo menos 5 anos".
Bem, aí está a palavra da ciência que nos ilumina e nos orienta na busca de melhores caminhos para todos os seres!
Link para maiores detalhes:
Apoio: Ana Carolina Maciel Boffy
Tiê-sangue, (Ramphocelus bresilius)
Este macho estava entre as folhas com sua fêmea por perto, ela é mais castanha do que vermelha.
Estamos em uma época muito boa para observar casais de pássaros.
Saí-andorinha (Tercina veridis), belo casal!
Saí-andorinha- (Tercina veridis) |
Saí-andorinha fêmea. |
Saí-andorinha macho. |
Saí-andorinha:
Família: Emberezidae
Sub-família: Thraupinae
Espécie: Tercina veridis
Família: Emberezidae
Sub-família: Thraupinae
Espécie: Tercina veridis
Hoje
vimos este casal tendo trabalho para proteger seu ninho em um barranco. Por
fazerem ninhos em edifícios, pontes, buracos e barrancos de estradas e rios, em
Minas Gerais este pássaro é também conhecida como saíra-buraqueira.
O
azul turquesa do macho e o belo verde da fêmea, dão um claro exemplo de
dimorfismo sexual.
Para ouvi-los, sugerimos: http://dimaserose.blogspot.com/2008/06/sa-andorinha-macho-tersina-viridis.html
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Aristolochia, a bela que cheira mal!
Quando vimos esta flor pela primeira vez, desconfiamos que ela queria parecer algo que não era. Sua textura lembrava carne com veias e ao mesmo tempo muito atraente.
Saber, não sabemos de muita coisa, mas desconfiar...Pois bem a bela cheira a carne em decomposição, para se ter uma ideia, é difícil andar com uma delas dentro de um carro, parece que você pisou em algo produzido por gato! Ela atrai insetos necrófagos.
Ela é uma planta encontrada quase em todo mundo, lembrando da Pangeia, quando os continentes eram unidos e sempre foi utilizada para facilitar partos, os egípcios já as usavam com esta finalidade.
Seu cesto de sementes é genial, se abre liberando ao vento sementes leves que ficam em camadas.
Suas folhas lembram um coração e são de fácil identificação.
Saber, não sabemos de muita coisa, mas desconfiar...Pois bem a bela cheira a carne em decomposição, para se ter uma ideia, é difícil andar com uma delas dentro de um carro, parece que você pisou em algo produzido por gato! Ela atrai insetos necrófagos.
Ela é uma planta encontrada quase em todo mundo, lembrando da Pangeia, quando os continentes eram unidos e sempre foi utilizada para facilitar partos, os egípcios já as usavam com esta finalidade.
Seu cesto de sementes é genial, se abre liberando ao vento sementes leves que ficam em camadas.
Suas folhas lembram um coração e são de fácil identificação.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Severn Suzuki ECO 92 - RJ
Nosso grande compositor popular, Gonzaguinha, que já faleceu, dizia em sua música:
"Eu acredito é na rapaziada...", incrível como esta criança parece estar falando hoje e infelizmente, amanhã!
Mas vamos continuar lutando, temos satisfações a dar aos nossos filhos, alunos, ao mundo!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Mirando um, acertamos dois meias-patacas!
Tentando registrar este alma-de-gato, alma-de-caboclo ou meia-pataca, acabamos descobrindo outro no canto superior do registro. Sorte!
Aproveitando que estão nos visitando, sugiro que mirando na gente acertem também o blog dos professores Ciça e Guto:
http://cicascience.blogspot.com/
Sagui-da-serra-escuro, vamos deixar desaparecer?
Callithrix aurita. |
Callithix penicillata, exótico em nossa região. |
O sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), encontra-se aqui, restrito à manchas de Mata Atlântica que são fragmentos e contínuos que os mantêm distantes dos Callithrix penicillata, estes últimos, pelo que sabemos, foram introduzidos aqui por pessoas que os trouxeram da Mata Atlântica nordestina e depois com as dificuldades de se ter animais silvestres em cativeiro, dificuldades inclusive legais, foram soltos no ambiente.
Como os penicillata encontraram alimento e um ambiente propício à reprodução, hoje seus grupos aumentaram e concorrem com os aurita, por comida e chegam a cruzar com os saguis-da-serra, tornando-se uma ameaça a existência da espécie.
A reintrodução desses saguis exóticos em seu ambiente original, não é indicada pois eles podem levar daqui doenças para essas áreas!
Agora vejam o problema causado por quem captura, comercializa e por quem compra animais silvestres: temos que incentivar a religação de manchas de mata, os chamados corredores ecológicos, sendo que esta mesma ação colocará cada vez mais em contato estes grupos de animais. A solução vai depender de biólogos, técnicos e mão de obra para o manejo dos animais exóticos, garantindo a sobrevivência do Callithrix aurita. Obtenham mais informações no: http://blogs.unigranrio.com.br/novabiologia/2011/02/04/especies-invasoras-destaque-do-boletim-faperj/
Vamos pensar e agir cada vez que vemos pixarros (Saltator similis), por exemplo, sendo capturados aqui em nossa região e comercializados para todo o Brasil e exterior, denuncie: 11 45871811.
domingo, 4 de setembro de 2011
Pegadas preciosas!
Amanhã sairemos cedo para moldar pegadas, estas que vimos esta semana, são provavelmente de veado-catingueiro ( Mazama gouazoubira), animal ameaçado, que quando adulto deve chegar até a 25 quilos e é predado por cachorros domésticos, cachorros-do-mato, onças e por caçadores, todos estes presentes por aqui e ativos.
Registro feito anteriormente por nós por ocasião de resgate de um veado-catingueiro atropelado. |
Falando em pegadas preciosas, sugiro seguir as preciosas postagens de um amigo e aluno: http://avantlife.blogspot.com/2011/08/poesias-de-paulo-leminski.html#comment-form
sábado, 3 de setembro de 2011
Oferecemos esta postagem para Fernanda, nossa nova seguidora: Coruja-buraqueira, a pequena mineira
"Os olhos amam a beleza e a variedade das formas, o brilho e a amenidade das cores [...] não me dando descanso, como o dão as vozes dos cantores, que por vezes ficam em silêncio. A própria rainha das cores, esta luz que se derrama por tudo que vemos e por todos os lugares em que me encontro no decorrer do dia, investe contra mim de mil maneiras e acaricia-me, até mesmo quando me ocupo noutra coisa que dela me abstrai. Insinua-se com tal veemência que, se, de repente, me for arrebatada, procuro-a com vivo desejo. Se se ausenta por muito tempo, minha alma cobre-se de tristeza"
Santo Agostinho.quinta-feira, 1 de setembro de 2011
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