Na entrada da oficina de um sábio homem, havia uma
placa com os dizeres: Não se preocupe se ocupe.
Vamos aqui tentar entender melhor as causas de tão séria
crise hídrica ou simplesmente falta d’água que é realmente assustadora. Lagos
secos, filetes de água onde havia ribeirões, represas secando, rodízios e por
aí vai.
Sempre dissemos que a Amazônia é o pulmão do mundo,
mas mais do que isso ela, a maior floresta tropical do planeta, é mais um
motor, uma bomba (bomba biótica) que suga toda a umidade do Oceano Atlântico e
do gigantesco aquífero Alter do Chão e lança esta umidade em forma de vapor na
atmosfera, formando os rios voadores que abastecem a região sudeste e sul de
chuvas.
Para que tenhamos uma ideia mais clara, o rio
Amazonas lança 17 trilhões de litros d’água no Oceano Atlântico por dia, já a evaporação amazônica formadora do rio aéreo, lança 20 trilhões de litros por dia na
atmosfera!
E qual a razão da falta destes trilhões de litros
por aqui? O desmatamento do sul da Amazônia, Mato Grosso, Pará. Este nefasto
desmatamento criou algo como uma bolha de calor que impede que o rio aéreo
chegue até nós, retendo a umidade no Acre, Bolívia, enfim, lá temos chuvas
torrenciais e aqui nada.
Aqui no Sudeste, não percebíamos o mal cuidado com
nossos recursos hídricos, pois sempre fomos abastecidos por essa maravilhosa
“bomba biótica”! Hoje percebemos que cada mata ciliar, aquela em torno dos
cursos d’água, suprimida, cada plantio de eucalipto fora de rígidas técnicas,
está nos levando a uma situação perigosa.
O eucalipto tem uma raiz pivotante, ou seja, um pivô
que tem em tamanho sob a terra, o mesmo tamanho que vemos acima do solo. Quando
podado, sua raiz continua a ter contato com o lençol freático e continuando a
crescer, chega a ultrapassar este lençol e rebaixá-lo, para ele tudo bem, mas
para a Mata Atlântica e suas águas...
Doutor Antonio Donato Nobre, pesquisador do Inpe
avisa:- "Não adianta só o desmatamento zero, mas é urgente a recuperação da
floresta".
Temos que plantar, plantar, recuperar nascentes e plantar.
Temos que plantar, plantar, recuperar nascentes e plantar.
Ocupar-se em ações que sabemos urgentes!
Todos os créditos do infográfico são do Pesquisador Ricardo Hirata/IGC-USP
aquele chão de terre batida, aquela arvore de folhas caídas, aquele fogo de chama ardida, aquela fumaça que vai de partida, é uma nuvem que flutua sem vida,
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