Numa mesma volta encontramos duas cascavéis ( Crotalus durissus) com aquele jeito tranquilo que as diferem muito das jararacas ( B.jararaca) que sempre, ao nosso ver, são mais agitadas ou nervosinhas!
Esta, estava passeando no bairro Serrote.
Esclarecedor o comentário de Pedro Henrique "Alfinete", sobre uma experiência ocorrida em seu trabalho em outra região do Brasil:
-Trabalhando com um pessoal que havia, anteriormente, trabalhado cortando cana no interior de S. Paulo, um deles me contou uma história sobre cascavéis e a cadeia alimentar interessante... Ele me disse que estavam acontecendo um aumento muito acentuado de acidentes com trabalhadores "atacados" por estes animais durante o serviço. Contrataram então uma consultoria pra ver que ações poderiam ser tomadas para reduzir esses encontros com as cascavéis. Pois bem. Esta consultoria, após algum tempo de pesquisa, descobriu que os trabalhadores almoçavam no próprio canavial, comendo as marmitas que uma empresa terceirizada levava até eles. O problema residia no fato de que, muitas vezes, os trabalhadores não comiam tudo, e descartavam o resto da comida no chão, e isso vinha acontecendo com uma frequência grande. Essa comida atraía os carcarás, que se empaturravam e não necessitavam mais caçar para viver. E os carcarás, por sua vez, eram, no local, os principais predadores da cascavel. Sem a caça das cascavéis pelos carcarás, a população aumentou substancialmente, e os encontros cascavel X trabalhador aumentaram muito. Solução: diminuir em 15% a quantidade de comida das marmitas e trabalho de conscientização com os cortadores de cana.
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