Só percebi que minha mãe não era alta, lá pelos dez anos! Até então ela era uma gigante, enorme!
Aquele asfalto derretendo no Rio de Janeiro e ela nos levando de ônibus, os quentões, para casa da vovó, para hospital, sempre um com febre ou agitado pelo calor de quarenta graus, a pequenina no colo. Mão firme e carinhosa, nunca largou da minha, da nossa! E quando a famosa "tromba d'água", caiu em São Sebastião, anos sessenta, ela nos reunindo sob sua proteção, rezando, contando histórias, enquanto o mundo caia lá fora!
Ainda a vejo enorme, grande mas pequenina, frágil e sua mão ainda não larga da minha.
Pouco mais de um metro e meio de "densa beleza cultivada na experiência", como disse o escritor.
Eu a amo!
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